segunda-feira, 13 de junho de 2016

E assim começa...



E os olhares se cruzaram e se perderam em um toque intenso e desmedido que nunca chegou a acontecer. Os lábios úmidos exigiram o enlace, acolhiam antes que fosse tarde. Perdidos numa valsa frenética, encontrados um no abraço do outro, dois corações que de tão incompletos agora faziam parte de um todo.
Amar nasce nas águas do mar. Tem frutos que unificam a própria existência. De Eros à Psique, Afrodite abençoa toda aposta envolvida. Entre cobertas e gemidos, tornou-se infinito o calor de Apolo, e acreditou-se em qualquer ritual... Qualquer religião que avisasse ao céu sobre dois.
A fé rodopiava enquanto os corpos se aceitavam. Por um momento ou por mais, não importava, dançantes, ambos se desejavam. E se tiveram. E se perderam. E se encontraram.

E enquanto não sabiam nem mesmo qual nome dar... Sabiam pelo menos que teu nome é amor, teu nome era amar.

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