segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Capítulo alternativo de uma série de Tv.

Capítulo I: Os mocinhos se conhecem.


        Sabe o que eu odeio em ter feito mais de uma graduação? Ter participado de mais de um trote. Pois é... Eu acredito que ser humilhado por veteranos, ao mesmo tempo em que todos os outros novos colegas de turma também são, deve ter algum fundamento teórico de integração e criação de vínculos... Mentira, eu gosto da bagunça. Então eu fui a todos.
        Fiz parcialmente três cursos diferentes. Não terminei nenhum, o que me faz um daqueles caras que pulam de faculdade em faculdade buscando algum sentido para a vida. O pior é que em todas as outras áreas eu até que sou bem decidido... Assumido sexualmente, emocionalmente, fisicamente... Mas não com a graduação. E aquela seria minha última tentativa...
        ...Ou não. Ainda não sei quanto ao curso, mas pelo menos encontrei pessoas que tornaram tudo mais fácil. Um desses era o Lucas.
        Ele era um aninho mais novo do que eu, loiro, olhos claros, e com um rosto de anjo e definitivamente a personalidade de um também, completamente distante do biótipo dos caras que eu ficava. Lucas, mesmo sendo maior de idade, nunca havia ficado com ninguém, esperando eternamente pela garota certa que gostaria das mesmas séries, livros e contos de fadas. Pra terem uma ideia, nem de ônibus o garoto havia andado.
        E desde o primeiro dia a fragilidade dele despertou meu instinto protetor. Fazer o que? Imediatamente passamos a andar juntos, com mais duas garotas super protetoras e um gato que adotamos no campus da faculdade. Inseparáveis, cada um ao seu modo, nos cuidávamos, e eu buscava cuidar e ensinar ao Lucas os mistérios da vida.
        Bem... Foram dias de pipoca, cinema, filme. Dias de conversas, lanches, horas de estudos. A cada instante ficávamos mais próximos. Houve choros, desabafos, contar um sobre a vida do outro. Em um ano nos tornamos mais amigos que qualquer outra pessoa que tenha aparecido em nossa vida.

        E eu acredito que mesmo com tudo que nos aconteceu... Nada mudou. 

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