Capítulo
I (anterior): https://teunomeeamor.blogspot.com.br/2016/11/capitulo-alternativo-de-uma-serie-de-tv.html
Capítulo II: Em disputa eles se entendem.
O caso é
que no dia do meu aniversário nossa amizade tomou um rumo diferente. Foi um
vacilo meu, algo impulsivo e super errado, mas não posso negar que foi o erro
mais delicioso que já cometi.
Acredito
que eu já tenha mencionado que o Lucas nunca havia beijado ninguém, né? Na
verdade, ele já havia tido alguma experiência com uma prima, porém nada que
fosse relevante. O certo é que desde que começamos a sair juntos eu tentei
arrumá-lo para alguém, me incomodava ver um garoto tão bonito em uma situação
tão... nem sei ao certo.
A questão
é que naquele fatídico dia comemoraríamos meu aniversário em festa numa das
boates mais bombásticas da cidade. E ele não queria ir! Disse que ficaria em
casa, que não estava se sentindo bem, inventou um monte de balela. Óbvio que
fui busca-lo, peguei um táxi, havia bebido um pouco então optei por não
dirigir, e em alguns minutos batia na porta da casa do Lucas.
- Hey –
ele me atendeu em um meio sorriso.
Nem
prestei atenção, fui direto ao quarto dele. Abri o guarda roupa e escolhi o que
vestiria. Lucas me seguia de perto e logo foi falando:
- Eu não
vou.
- Você vai
sim – eu disse – é meu aniversário, poh!
- Pode
ser, mas...
- Cara,
vai ser uma festa legal – eu falei me aproximando dele, sorrindo – você vai
conhecer um monte de gente.
- Pode
ser, mas...
- Quando
cê chegar lá eu vou te apresentar um monte de menina, tu vai poder escolher com
quem ficar.
- Mas...
- Sem
“mas” Lucas, é meu aniversário!
- EU NÃO
VOU PRA UMA FESTA COM NOME “FESTA DO BEIJO” SEM NUNCA TER BEIJADO! – ele
gritou, ficou vermelho e desviou o olhar, dando um passo para trás.
Então esse
era o problema. Eu nem me importava com o tema da festa, afinal ia pra dançar,
curtir. Entretanto para ele pareceu importante. E o que era importante para o
meu melhor amigo, era importante pra mim.
Cortei o
espaço que nos separava. Não pensei. Não cogitei nenhuma hipótese. Apenas fiz o
que acreditava que devia fazer. Toquei-lhe o queixo, virei o rosto dele para
mim, e lhe selei os lábios com os meus. Eram doces, macios e úmidos, os deles.
Já os meus eram mais marcantes, mais finos e quentes, e de alguma forma, naquele
instante, nos encaixamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário