segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Capítulo alternativo de uma série de Tv. II

Capítulo I (anterior): https://teunomeeamor.blogspot.com.br/2016/11/capitulo-alternativo-de-uma-serie-de-tv.html


Capítulo II: Em disputa eles se entendem.

        O caso é que no dia do meu aniversário nossa amizade tomou um rumo diferente. Foi um vacilo meu, algo impulsivo e super errado, mas não posso negar que foi o erro mais delicioso que já cometi.
        Acredito que eu já tenha mencionado que o Lucas nunca havia beijado ninguém, né? Na verdade, ele já havia tido alguma experiência com uma prima, porém nada que fosse relevante. O certo é que desde que começamos a sair juntos eu tentei arrumá-lo para alguém, me incomodava ver um garoto tão bonito em uma situação tão... nem sei ao certo.
        A questão é que naquele fatídico dia comemoraríamos meu aniversário em festa numa das boates mais bombásticas da cidade. E ele não queria ir! Disse que ficaria em casa, que não estava se sentindo bem, inventou um monte de balela. Óbvio que fui busca-lo, peguei um táxi, havia bebido um pouco então optei por não dirigir, e em alguns minutos batia na porta da casa do Lucas.
        - Hey – ele me atendeu em um meio sorriso.
        Nem prestei atenção, fui direto ao quarto dele. Abri o guarda roupa e escolhi o que vestiria. Lucas me seguia de perto e logo foi falando:
        - Eu não vou.
        - Você vai sim – eu disse – é meu aniversário, poh!
        - Pode ser, mas...
        - Cara, vai ser uma festa legal – eu falei me aproximando dele, sorrindo – você vai conhecer um monte de gente.
        - Pode ser, mas...
        - Quando cê chegar lá eu vou te apresentar um monte de menina, tu vai poder escolher com quem ficar.
        - Mas...
        - Sem “mas” Lucas, é meu aniversário!
        - EU NÃO VOU PRA UMA FESTA COM NOME “FESTA DO BEIJO” SEM NUNCA TER BEIJADO! – ele gritou, ficou vermelho e desviou o olhar, dando um passo para trás.
        Então esse era o problema. Eu nem me importava com o tema da festa, afinal ia pra dançar, curtir. Entretanto para ele pareceu importante. E o que era importante para o meu melhor amigo, era importante pra mim.

        Cortei o espaço que nos separava. Não pensei. Não cogitei nenhuma hipótese. Apenas fiz o que acreditava que devia fazer. Toquei-lhe o queixo, virei o rosto dele para mim, e lhe selei os lábios com os meus. Eram doces, macios e úmidos, os deles. Já os meus eram mais marcantes, mais finos e quentes, e de alguma forma, naquele instante, nos encaixamos. 

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