sexta-feira, 8 de julho de 2016

O que fazer quando recomeçamos?



         Conversando com uma amiga percebemos como de forma inconsciente (ou nem tanto) levamos experiências do passado para os relacionamentos que vivenciamos. Mesmo que de algum modo tenhamos superado o que acabou, passado por cima, e até criado algumas defesas para os momentos ruins, ainda assim quando estamos em uma nova relação carregamos conosco nossas bagagens, nosso passado, nosso eu.
           O que fazer com isso tudo? Fingir que não existiu um ex ou uma ex não tem serventia, mas carrega-lo (a) por onde formos também é inútil. Um dos piores relacionamentos que existem é aquele em que você namora uma pessoa e todo mundo que passou pela vida dela, momentos que você está feliz e de repente é lembrado que houve alguém anterior que fez algo parecido, ou até melhor. Nem leve consigo suas pessoas do passado, nem deixe que as do (a) outro  (a) atrapalhem vocês.
          Certa vez conheci alguém que me disse de uma situação embaraçosa que viveu. Estava ele (a) conversando amorosamente com o namorado e boom... Toca uma música que lembra a primeira relação que teve com um ex. E aí? Vai parar tudo e dizer:” oh, essa música não dá porque era de outro e...” ou vai deixar de lado e perceber que a música tem um novo significado, que a vida tem um novo significado.
       Não dá pra colocar tudo numa caixa do lado esquerdo do cérebro e implorar pra que fique lá, escondido, isolado. Mas não dá também para a cada situação reviver um trauma, um medo, uma ansiedade... Isso desgasta. Um conselho é só começar a namorar quando estiver realmente disposto a isso, a vivenciar a nova relação. Outro conselho é permitir-se ser novo, mesmo que guarde consigo as marcas de algo anterior, permitir-se trazer um novo significado para as experiências, afinal quem está do seu lado não é a mesma pessoa. Nunca é.

         Não guarde em caixas ou redomas de vidro. Não finja que não existem, tão pouco. Apenas aceite que nada é igual, tudo pode ser diferente, e deixe os outros partirem automaticamente. Afinal, como diria a canção, “os outros são os outros e só”.

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