Capítulo I: Olhe nos olhos. https://teunomeeamor.blogspot.com.br/2016/08/5-passos-para-amar.html
Capítulo II (Anterior): Escute a voz. https://teunomeeamor.blogspot.com.br/2016/08/5-passos-para-amar-2.html
Capítulo III: Reencontre-o.
Queria
dizer que foi o acaso que me colocou num sarau que ele participou duas semanas
após o baile em que nos conhecemos. Mas vou dizer a verdade, porque você,
leitor ou leitora, é confiável. Fiquei sabendo através da amiga de uma amiga
sobre esse evento num pub para universitários. Com uma roupa descolada, minha
irmã a tira colo, consegui sair de forma sorrateira, usando a desculpa de um
aniversário ou algo do tipo.
Chegamos
ao ponto indicado e estava cheio de pessoas fumando e com cara de intelectuais.
Sentamos numa dessas mesas, pedimos apenas algo para comer e percebemos os mais
diversos olhares. As poucas mulheres que havia lá estavam acompanhadas, éramos
claramente as únicas solteiras.
Nossos
pedidos chegaram ao mesmo tempo em que notei Thiago se levantar de uma mesa
mais ao fundo e declamar uma poesia. Todos o olhavam, a voz potente vibrava com
paixão, a camisa com os primeiros botões abertos, o copo de cerveja na mão e
tudo nele era sedutor. Eu suspirei.
Então
dois homens colocaram duas cadeiras à nossa mesa e sentaram. Perguntaram
besteiras, estavam bêbados e tentamos pedir-lhes educadamente para que nos
deixassem em paz. Não deixaram. Tentaram tocar minha irmã e cravei minhas unhas
no braço do desgraçado. Ele levantou a mão em ameaça e eu vi, para meu deleite,
que foi parado por Thiago.
-
Elas estão comigo – foi o que ele falou e bastou para que os outros dois
saíssem. Lindo, inteligente e respeitado.
Sentou-se
conosco e meu sorriso morreu quando percebi a seriedade com que me encarava.
-
O que está fazendo aqui?
Aquela
frase me desalinhou. Uma torrente de respostas desaforadas veio em minha
garganta e quase explode, mas não daria esse gostinho. Ele, como quase todos os
homens da minha época, achava que como mulher não poderia frequentar lugares
sem um macho alfa para me defender. Sinto muito, queridinho, mas tenho todo
direito.
Levantei,
não era mulher de aceitar esse tipo de bobagem. Lancei na mesa o dinheiro que
pagava a refeição, chamei minha irmã e saí com passos firmes.
Aprendi
cedo duas importantes lições: ficar quando houver amor e sair quando não
houver.
Continua na próxima semana. Até mais... Deixem seus comentários aí embaixo, tem a opção nome/url pra quem não tem login do g-mail. Um abraço!
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