Nunca fui de aceitar amores fugazes.
Nada pouco me agrada, me supre a necessidade de existir. Amor: sentimento tão
intenso quanto o poder que evoca, constrói uma ponte invisível entre dois
seres... Se a ponte é pequena, de que vale? Se ela é estreita, frágil, e fadada
a cair, qual o sentido de erguê-la?
Às vezes acho que espero demais da
vida... Talvez seja isso mesmo. Talvez, quando busco em um encontro o
reencontro com alguém perdido, pareça uma utopia boba, romântica de quem sonha
com algo inalcançável. É possível que viver serenamente em uma sociedade tão caótica
seja improvável. E ainda assim... É o não alcançar que nos impulsiona a
melhorar, a lutar, a desbravar novos territórios.
Quando nego o amor pouco, o amor ralo,
o não-amor que me dão em pedaços, aceito minha auto-importância, minha realização
pessoal, meu eu. Quando rejeito qualquer fragmento que me oferecem como se
fosse o máximo que posso receber, aceito a verdade absoluta de que valho mais,
de que sou mais, de que mereço mais. E isso é me amar. Não mais, não menos.
Então, rejeitem migalhas. Rejeitem
conformismos. Lutem por vivenciar algo melhor, algo mais real, algo mais
verdadeiro. Pois uma hora... Em um instante qualquer, quando estiverem olhando
para o lado esquerdo, virá um amor tão completo quanto esse construíram por si
mesmos. E amor compartilhado é a melhor forma de amar.
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