Capítulo II (anterior): https://teunomeeamor.blogspot.com.br/2016/09/provavelmente-sobre-como-salvamos-o.html
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"Um barulho
mais alto, escutamos cavalos ao longe, o olhar dela ansioso demonstrava o medo
que sentia. Minha boca seca, algo em nós três despertou, nossa intuição
prevendo que o destino havia nos levado para salvá-la. Ela nos respondeu, carregando o olhar com uma
verdade profunda e inegável:
- Eu sou o
Tempo."
Capítulo III: Por onde [não] andei.
Corremos desesperadamente. Estavam perseguindo o
próprio Tempo (ou a própria, no caso) e cabia a nós três protege-la e ajuda-la
a entregar uma chave misteriosa. Segunda a garota teríamos pouco menos de duas
horas e tudo isso me deixava ainda um pouco mais desesperado.
E tinha
outra coisa me incomodando, além dos galhos que quase cortavam meus braços, e
os bichos esquisitos pelos quais passávamos. A Tempo me incomodava. Não era bem
ela... Mas sim... O que eu sentia quando olhava para ela. Parecia que o chão
não existia, e que eu tinha que cuidar dela e... Eu não sei, era como se eu
estivesse adoecendo ou algo do tipo.
Descemos
uma encosta e encontramos uma casa pequena e bastante aconchegante à primeira
vista. A Tempo nos disse que um grande amigo morava ali, e decidimos pedir
ajuda à ele.
Entramos e
fomos recepcionados por um homem alto, loiro, e dois cachorros enormes. Ele se
apresentou com um nome estranho e nos ofereceu chá. Pediu para conversar a sós
com a Tempo, o que eu estranhei, mas ela o seguiu para um escritório.
- Não to
gostando disso – disse Mia, se aproximando da cortina e olhando pela janela.
- Será que
ela pode realmente nos ajudar? – Matheus falou se recostando na parede oposta.
- Não to
falando disso... Algo aqui me cheira mal – Mia sussurrou.
E ouvimos
os cachorros começarem a latir desesperadamente. Nos entreolhamos e ficamos
mais próximos, esperando qualquer movimento estranho. Latidos desesperados
nunca eram bom sinal.
Foi quando
a Tempo entrou pela porta da frente, assanhada, com os olhos assustados.
Olhamos para a porta do “escritório”, intacta. Então ela fez um gesto com a mão
para que a seguíssemos e voltamos a correr.
Pelo que
entendemos o carinha “amigo dela” tentou sequestra-la, mas ela o fez desmaiar e
fugiu. O que até então não havíamos entendido era do que fugíamos, e para onde
iríamos... Mas quem é que sabia na verdade?
- O que
nós temos que fazer? – Mia gritou, o desespero claro nos olhos.
- Eu
preciso entregar essa chave e... – a Tempo respondeu em meio a correria.
- Por qual
motivo? Que raios de chave é essa?
A Tempo
parou, suspirou e nos olhou. Ela ia começar a explicar quando sete homens nos
cercaram, montados em cavalos brancos e trajando armaduras douradas.
-
Finalmente te encontrei, menina. – disse um que parecia o líder deles.
E com um
suspiro pesaroso a Tempo me puxou em um beijo e desaparecemos em meio a uma tão
luz prateada quanto a da Lua.
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