segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Provavelmente sobre como salvamos, ou não, o universo. 1




Capítulo I. Meu infinito [desastre] particular.


- Oi Lucas!
Fui chamado a atenção assim que entrei no quarto. Éramos três amigos: Mia, Matheus e eu, Lucas. Por força cósmica estava atrasado para o compromisso que havíamos marcado com semanas de antecedência, mas a culpa não havia sido minha dessa vez, mas sim da minha mãe que pediu que comprasse algo no supermercado antes. Quem nunca passou por isso.
Cumprimentei eles. Vesti o roupão ritualístico e adentrei círculo. Pois é, somos bruxos, e precisávamos começar aquele ritual em menos de cinco minutos, ou perderíamos a chance. Ansiosos, nos olhávamos sorrindo.
Mia era a celebrante da vez, tinha cabelos longos e castanhos, olhos verdes e carregava uma espada na mão. Matheus era o bonito do grupo, quase loiro, olhos escuros, e corpo definido. Eu, o meio nerd de cabelos pretos e olhos verdes, não era feio, só tímido demais para tomar alguma atitude com uma garota.
- Vamos começar – a garota disse, enquanto nos posicionávamos.
Ela levantou a espada dizendo as palavras básicas, girou nas quatro direções, invocando o poder dos elementos, e pediu proteção e cuidado para todos nós. Enquanto isso tentei lembrar do objetivo da gente... Tinha a ver com conjurar uma criatura... Ou pedir ajuda de uma divindade... Ou...
- Lucas! – Ela gritou, e eu me desculpei. Peguei a faca que trazia comigo, virei-me para o leste e pedi ao ar que nos protegesse. Eu sempre era responsável por aquele elemento, que era o meu preferido.
- Hoje você ta distraído, meu chapa – disse o Matheus, dando um meio sorriso. Desculpei-me com o olhar e ele apenas piscou. Éramos amigos desde sempre, praticamente irmãos, então entendia que eu ficava atordoado quando atrasava.
Respirei fundo. Depois dos ritos iniciais, de conversamos sobre o que faríamos, começamos a entoar cânticos e dançar. Então era a tão esperada hora. Cada um ficou responsável pelas palavras mágicas que nos faria passar nas provas finais da faculdade. Sim, era esse o motivo do ritual.
E de repente eu gaguejei e troquei alguma coisa. Não sei ao certo, mas nos vimos presos em um turbilhão. Os móveis se distanciavam, as cores rompiam em milhões. Rodopios e uivos, corri para pegar na mão de cada um. Juntos, com os olhos fechados, só nos restou acreditar nas proteções que invocamos anteriormente e esperar pelo o melhor.

E o melhor não veio. 





Hoje começa uma nova história, em comemoração as 5000 visualizações do blog. É um história diferente por ser de literatura fantástica, espero que apreciem. Toda segunda mais uma parte dela.
        Quarta fechamos o primeiro ciclo de contos dos signos. Será Áries! Uma delicinha.
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Um beijo, e até quarta!

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