quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Por que tanto medo de amar?

Por que tanto medo de amar?


        Em termos simples vivemos em uma era onde se confunde o mundo virtual ao real. Mas esse não é um daqueles textos detonando nossa geração ou as redes sociais... Na verdade tudo o que quero é entender e fazer com que vocês pensem um pouco sobre os vínculos que temos criado ao nosso redor. Ok? Ok.
Posto isso vamos continuar... Segundo essa nova era desencadeamos novas e surpreendentes forma de amar. Há a possibilidade de conhecer alguém sem nunca ter tocado, pessoas do outro lado do continente, pessoas tímidas que se recusariam a trocar telefones num primeiro olhar. Globalização, aplicativos de encontro, redes sociais... Diversas ferramentas que podem construir pontes.
Mas não é bem isso que vejo. Ao redor, perto e longe, através da literatura contemporânea (e esse é um belo reflexo social), vejo medo de amar, medo de se entregar, medo de ceder o espaço conquistado para que outra pessoa também possa usufruir. Eu mesmo compartilho desse medo.
Permitir-se amar exige uma centena de novos comportamentos a serem aprendidos. Deixar de lado o comodismo, o conforto, os gostos pessoais, para conhecer e compartilhar do outro. Sabe como é... Um gosta de the smiths, o outro de Sandy, o que fazer? Escuta-se os dois, ou aprende-se a gostar do outro. Ceder. E isso é bem difícil quando construímos muros e valores intransponíveis.
O medo de amar vem, em parte, daí. É um receio enorme de aceitar a existência de outras formas de vida fora do próprio quarto, dos próprios gostos, das manias. Estar disposto a sair do próprio casulo por outra pessoa é um passo grande. E também existe o trauma do não recíproco, da decepção, do fracasso... Mas vamos falar disso com calma em outro texto.
O que quero dizer aqui é não adianta falar de amor sem falar de doação, e não adianta esperar um amor sem se entregar. Torna-se um vínculo frágil quando apenas uma pessoa cede... E isso quebra. Então exige disposição... E é uma disposição formidável.
Os ganhos são companhia e novos aprendizados, cuidar e ser cuidado, saúde, encontrar em alguém mais um motivo para seguir, para ser feliz. Cara, amar é bom demais. Então vamos deixar de medo, vamos aceitar outra pessoa em nossa vida e sair da nossa caverna encontrando outras formas de existência. Ok? Ok.

Amoras e amores... Esse é o primeiro texto de sexta. O blog está tomando um formato delicioso, e amo que vocês façam parte dessa construção. Vamos continuar... Pra quem quer manter contato:
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Até mais!

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