Um dia
acordei olhando para o teto tentando entender onde eu estava, o que eu estava
fazendo e com quem eu estava. Nessa época me relacionava com uma pessoa boa,
mas que tinha tremendos defeitos que me afetavam profundamente. E eu, do meu
jeito de ser e com meus defeitos, afetava ele. Então por consequência terminei
e me vi solteiro mais uma vez, dessa não querendo entrar em outra relação por
um bom tempo. E nesse bom tempo acabei vivenciando vários romances e várias
espécies de paixões.
Houve o
virtual... Pelo qual me apaixonei perdidamente por alguém que mal sabia quem era.
O que contava eram as palavras, a ternura, os filmes que assistimos juntos
mesmo distantes. Mas não deu certo. Depois veio “a pessoa que estava apaixonada
por mim e eu não estava por ela”, um caso típico de excesso de romance em um
momento em que simplesmente não queria. Teve o caso “daquele que não queria
nada comigo e por isso mesmo eu queria com ele”. Teve o caso “hétero”. E o
“verdadeiramente hétero”. E assim fui me envolvendo e me afastando na
velocidade de uma piscada enquanto não criava nenhum vínculo real, nenhum
relacionamento.
Mas essa
era uma escolha minha, e continua sendo. É aqui onde queria chegar... Estar com
alguém ou não estar, beijar ou não beijar, usar camisinha ou não, é uma escolha
minha e as consequências também são. Nesse período passei horas sozinho,
algumas mesmo com vários amigos ao meu redor ainda me sentia vazio e não era
pelo namoro rompido, mas sim pelos fragmentos que eu fui deixando cair durante
tanto tempo. E também passei momentos em que poderia simplesmente ir para a praia,
ao cinema, comprar um pote de sorvete sem ter ninguém exigindo algo ou pedindo
satisfações. Não que relacionamentos precisem ser apenas dessa forma... Mas
eram os que eu havia experimentado.
E aí? Quem
escolhe se relacionar? O outro? Seus pais? Não, mio caro, você. A escolha é sua
sempre, e sempre vai ser... Ainda que seja a escolha errada, ainda que seja
influenciada por trezentas pessoas ou culturas... A escolha é sua. Ainda que
não tenha controle sobre o amor, sobre a paixão, o controle sobre a sua vida
deve ter. Aceite, abrace isso e faça definitivamente o que lhe fizer feliz.
Um abraço,
Alexandre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário