sexta-feira, 10 de março de 2017

Quem escolhe se relacionar?


        Um dia acordei olhando para o teto tentando entender onde eu estava, o que eu estava fazendo e com quem eu estava. Nessa época me relacionava com uma pessoa boa, mas que tinha tremendos defeitos que me afetavam profundamente. E eu, do meu jeito de ser e com meus defeitos, afetava ele. Então por consequência terminei e me vi solteiro mais uma vez, dessa não querendo entrar em outra relação por um bom tempo. E nesse bom tempo acabei vivenciando vários romances e várias espécies de paixões.
        Houve o virtual... Pelo qual me apaixonei perdidamente por alguém que mal sabia quem era. O que contava eram as palavras, a ternura, os filmes que assistimos juntos mesmo distantes. Mas não deu certo. Depois veio “a pessoa que estava apaixonada por mim e eu não estava por ela”, um caso típico de excesso de romance em um momento em que simplesmente não queria. Teve o caso “daquele que não queria nada comigo e por isso mesmo eu queria com ele”. Teve o caso “hétero”. E o “verdadeiramente hétero”. E assim fui me envolvendo e me afastando na velocidade de uma piscada enquanto não criava nenhum vínculo real, nenhum relacionamento.
        Mas essa era uma escolha minha, e continua sendo. É aqui onde queria chegar... Estar com alguém ou não estar, beijar ou não beijar, usar camisinha ou não, é uma escolha minha e as consequências também são. Nesse período passei horas sozinho, algumas mesmo com vários amigos ao meu redor ainda me sentia vazio e não era pelo namoro rompido, mas sim pelos fragmentos que eu fui deixando cair durante tanto tempo. E também passei momentos em que poderia simplesmente ir para a praia, ao cinema, comprar um pote de sorvete sem ter ninguém exigindo algo ou pedindo satisfações. Não que relacionamentos precisem ser apenas dessa forma... Mas eram os que eu havia experimentado.
        E aí? Quem escolhe se relacionar? O outro? Seus pais? Não, mio caro, você. A escolha é sua sempre, e sempre vai ser... Ainda que seja a escolha errada, ainda que seja influenciada por trezentas pessoas ou culturas... A escolha é sua. Ainda que não tenha controle sobre o amor, sobre a paixão, o controle sobre a sua vida deve ter. Aceite, abrace isso e faça definitivamente o que lhe fizer feliz.

        Um abraço,

        Alexandre. 

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