quarta-feira, 27 de julho de 2016

Um conto sobre signos... libra.



         Dessa vez não tive medo. Pulei. Com o coração batendo acelerado, com a boca meio seca, com o senso de liberdade pulsando nas veias... Pulei quase sem hesitar, na semana passada pensei algumas vezes antes de fazer e me arrependi. Sempre penso demais, sabe? Crio um monte de possíveis hipóteses... Coisa de libriana. Mas dessa vez deixei tudo de lado e aceitei a chance que tinha a minha frente. Lancei-me. E o paraquedas abriu no momento certo.
         A sensação de estar livre, o salto pleno de si, deixando para trás todos os problemas do cotidiano, do metódico, da rotina... Nunca fui garota de rotinas. Nunca fui garota de meia existência. E naquele instante o saltar me bastava, me existia... Eu era todo o ar a minha volta, o cabelo solto, recém cortado, a instrutora cuidando de mim... Eu era aquele momento e por isso fui feliz.
        Pousamos. Quando meus pés tocaram o chão a sensação foi de reencontro. Estava em terra firme, gritei isso em plenos pulmões, o que divertiu alguns dos que também saltaram, especialmente um loiro que não parava de me olhar. A instrutora me perguntou se eu estava bem... Como dizer a alguém que “estar bem” não quer dizer absolutamente nada perto do que eu experimentava? Como explicar que antes de saltar deixei para trás os últimos três anos de paranoias e ciúmes e decepções que vivi em um relacionamento conturbado... E aqui estou novamente divagando, pensando. Apenas sorri e confirmei com a cabeça... Para que mais palavras quando trazia verdades intensas no olhar?
         Sentei no gramado afastado, respirei fundo. Não estava fugindo nem do passado, nem de mim, apenas queria absorver cada milímetro do que sentia. Depois de tanto tempo sozinha estava finalmente bem. Uma hora você entende que não importa se vai vir mais alguém ou não, mas sim que o melhor é estar consigo, sem medos, sem pudores, sem traumas. Passei a mão no novo cabelo curto e pensei: às vezes até sem tanto cabelo, com uma nova cor, com novos sabores. A gente corta o que é desnecessário, e mantém por perto o que nos faz feliz.
         Mal notei que havia fechado os olhos e aberto um sorriso, feito boba. Mal notei que meu coração estava leve, e que a grama pinicava um pouco nos dedos. Mas notei que alguém se aproximou, e como alguém que reconhece um semelhante, alguém inteiro que me reconheceu como alguém inteiro, disse, sem pestanejar:
         - Tudo bem?
         Abri os olhos e vi o loiro a sorrir para mim... A sensação foi igual a saltar de paraquedas mais uma vez... Alguém me diz como descrever algo que em um instante tão fugaz é precioso ao ponto de não caber num sentimento tão pequeno quanto “estar bem”. Eu estava... Ótima.
               

           Astro regente: Vênus (Relação, amor, beleza)
       Qualidades: visão estética, diplomacia, visão ampla das situações (por i
sso, excelentes conselheiros), agradáveis e educados, muito generosos e solícitos.
    Defeitos: Podem ser explosivos (carregam sempre dois pesos e duas medidas), sensíveis demais, não sabem lidar socialmente com quem desgostam, temperamentais e possuem a tendência a serem influenciados facilmente por pessoas que amam (exceto quando tem no mapa astral uma presença forte de signos de fogo ou terra).
         Cor: Azul!
         O que dar de presente? Algo delicado e romântico, mas que tenha muito estilo, pois eles prezam bastante pelo o que é belo. Algo carinhoso e sensível.
       O que não fazer nunca: Brigar com eles, menosprezar os sentimentos deles, diminuir o que eles estão passando... Não os chame de dramáticos nunca! Cancerianos podem até aceitar, librianos não.

         O que fazer: Dê carinho. Escute (eles amam falar). Dê mais carinho. Seja educado e gentil. Visite-os, pois são excelentes anfitriões. E dê mais carinho.

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