Parou
à frente do mar, descalça, sentindo as ondas acariciarem os pés dela com as
unhas pintadas de vermelho, agradeceu. Fechou os olhos, a sandália na mão
direita, abriu a esquerda em pura reverência e aceitação, e agradeceu mais uma
vez. Respirou profundamente, sentindo o ar limpar-lhe a alma, acariciando o ego
tão maltratado em outros momentos, e agradeceu por tudo e por todos que a
cercavam, sentia-se em paz.
Começou a andar na beira da praia.
Havia fugido da última aula do dia, tomado uma água de coco, e agora saboreava
o caminhar tranquilo enquanto poucos raios de Sol tingiam a costa. Sentia a
brisa leve nos cabelos e sabor do sal nos lábios, e gosto verdadeiro de um
sorriso que pertencia agora a si desde os poros até aos dentes. Estava plena.
Suavemente, imaginando ouvir o canto
doce das sereias que a cercavam no mar, pensou em como o mundo mudava e em como
as vezes era necessário deixar de lado cada imensa obrigação que tinha com ele
para cuidar das obrigações que tinha consigo. Ela, que limpava o apartamento
ouvindo Chopin, e limpava o coração machucado das pessoas que lhe buscavam no
consultório ouvindo as palavras delas, agora se limpava ouvindo o mais puro
silêncio e retumbar das ondas, a tranquilidade do instante.
Voltou a andar para a cidade, despedindo-se
do mar. Gastou o tempo que precisava, não perdendo um segundo sequer. Valia a
pena gastar o tempo consigo. Tornou a calçar-se, prendeu o cabelo em um coque,
sentiu-se de alma despida e percebeu o olhar de um homem mais a frente,
aproximadamente da mesma idade dela, que frequentava a mesma faculdade, mas
cursos diferentes. No olhar ele carregava a serenidade de um sábio e nos lábios
um pequeno sorriso de quem contemplava a vida. O mesmo que ela ostentava por
aí.
O coração descompassou um segundo, o
rosto afogueou, nas mãos certo nervosismo. Era virgem de signo e de amores à
primeira vista. Mas conteve-se, desviou levemente o olhar, fingiu não notar. Virou-se mais uma vez para
o mar e fechou os olhos. Cansada de buscar por sinais que não existiam, decidiu
esperar que lhe falasse. Pois assim, da sinceridade das palavras e atitudes
honradas, poderia nascer o tão sutil e formidável... amor.
Astro regente: Mercúrio (Intelecto,
Comunicação, Lógica)
Qualidades: Organizados (as) e
meticulosos (as), práticos e observadores. Capazes de analisar criticamente
qualquer situação são excelentes desbravadores lógicos.
Defeitos: Perfeccionismo exagerado,
auto cobrança, criticidade, julga tudo.
Cor: Amarelo!
O que dar de presente? Algo bem feito,
com estilo próprio, personalizado, mas principalmente: detalhado e
milimetricamente organizado. Nada de dar algo torto, ta bem?
O que não fazer nunca: Falar ou
escrever errado (dica de uma amiga virginiana), desorganizar a vida e a casa
dele (ou dela), desconcertar algo, desfazer os planos, pressiona-la (o).
O que fazer: planos, construa algo com
ele (ela), desafie-o (a) intelectualmente, aprenda e escute-o (a). Aproveite o
tempo com ela (ele) fazendo algo agradável, não discutindo.
Agradecimento especial: Priscila Sanches Nery, por permitir a foto. Obrigado sua linda.
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