segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Provavelmente sobre como salvamos o universo, ou não. 2


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            "E de repente eu gaguejei e troquei alguma coisa. Não sei ao certo, mas nos vimos presos em um turbilhão. Os móveis se distanciavam, as cores rompiam em milhões. Rodopios e uivos, corri para pegar na mão de cada um. Juntos, com os olhos fechados, só nos restou acreditar nas proteções que invocamos anteriormente e esperar pelo o melhor.
E o melhor não veio. "



Capítulo II: Tempo [quase] perdido.


         As paredes da nossa casa sumiram, dando lugar a um vasto e escuro campo, no topo de uma montanha, cheio de árvores retorcidas e um céu nublado, prestes a desabar. Imediatamente percebi que estávamos em outra dimensão, não era difícil quando duas Luas imensas se mostravam a nossa frente.
        - Como raios viemos parar aqui? – Mia perguntou me olhando, assustada - Cê fez algo errado.
        Olhei para ela e para Matheus. Sim, eu havia sido o estopim para pararmos naquele canto esquisito. Mas honestamente valeria a pena ficarmos jogando a culpa de um lado para outro? Minha cabeça já estava a mil com tudo que havia acontecido em casa...
        - Quem são vocês?
        Viramos imediatamente para a dona da voz. Meu medo era que fosse um monstro devorador de adolescentes bruxos perdidos... Porém o que encontrei foi uma jovem de aparência asiática, cabelos pretos lisos, meio assustado conosco e usando um vestido preto com flores rosadas. Meu coração deu um solavanco que não entendi o motivo. Talvez fosse o medo, ou simplesmente o ônix nos olhos dela.
        - Isso sou eu que tenho que perguntar – disse Matheus dando um passo a frente – quem é você? – ele era efetivamente o mais destemido de nossa turma, e arqueava o peito tentando demonstrar isso.
        Um barulho estranho fez-se ouvir no interior da floresta atrás dela. A garota-asiática negou com a cabeça e falou:
        - Não tenho muito tempo. Vocês estão perdidos e eu posso ajuda-los a sair daqui, mas se vocês me ajudarem antes...
        - Como você... – Mia começou a falar, mas foi interrompida.
        - Não é difícil perceber. Além disso, vocês estão na dimensão dos deuses antigos, o Avesso, e é melhor saírem o mais rápido possível.
        - E como sairíamos daqui?
        - Me ajudando... O universo está prestes a entrar em colapso, eu preciso entregar isso – ela mostrou um colar com uma chave – para um amigo, pois só assim poderemos reestabelecer o equilíbrio.
        - E quem é você?
        Um barulho mais alto, escutamos cavalos ao longe, o olhar dela ansioso demonstrava o medo que sentia. Minha boca seca, algo em nós três despertou, nossa intuição prevendo que o destino havia nos levado para salvá-la.  Ela nos respondeu, carregando o olhar com uma verdade profunda e inegável:
        - Eu sou o Tempo.



E é isso, mais um capitulo concluído, faltam dois... Quarta apareço com um novo conto do signo, agora sobre os rapazes de cada um. Se tiverem alguma pergunta, alguma curiosidade:

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Um abraço e até mais!

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